Quem me conhece sabe que amo histórias de viagens no tempo/espaço (ainda farei um livro sobre o assunto). Não precisa nem me conhecer, lendo o blog ocasionalmente você já vê várias referências disso. De volta para o futuro é o melhor filme, na minha opinião de meia-tigela, e isso não é a toa. Pois bem, peguei meu senso científico-crítico e fui com a @bezer_rinha ao cinema ver ao Homem do Futuro, filme tupiniquim o que sempre é um perigo constante. Quase atrasamos o que prova que o tempo já estava influindo em nossas vidas mostrando que uma máquina dessas realmente seria uma mão na roda, aliás, no relógio. Chegamos nos trailers ainda e tateando fomos achar nossas confortaveis poltronas. Recostamo-nos nelas e começamos a mandar ver naquelas balas Toffe...
Bem... O filme tem o
Zero é um cientista que tem um acelerador de partículas ao seu alcance e tentando se livrar de uma vida horrível de professor de física para alunos babacas fãs de Justin Bieber e na tentativa de esquecer de vez sua grande paixão submete-se em um experimento para obter uma nova forma de energia. Aí começam as maluquices. Penso que não faz sentido alguém adentrar em um colisor de eletróns a menos que quisesse morrer de substâncias radioativas. Ele então entra (Segundo o filme) em um buraco negro que capta suas emoções mais fortes fazendo-o voltar no tempo!?, e mais, minutos antes da grande tragédia de sua vida. Putz grila, hein?
O que você faria se pudesse consertar sua vida de merda? Ah, quem já viu o filme do Martin Mcfly sabe do que estou falando... Mas aqui quero encerrar o comentário do filme e mais pra frente sobre ele farei apenas a avaliação final. Agora o spoiler é necessário e peço para pularem para a parte não itálica e não acinzentada para um final sem possíveis revelações.
Olha... A história do filme não é possível. Que coisa sem pé nem cabeça. Zero volta no tempo e muda seu passado e assim sendo seu futuro também. Aqui cabe frisar que o filme poderia seguir 2 linhas: Alterações no passado alteram a linha do tempo e criam um novo futuro ou senão criam uma nova realidade fazendo um fissão no espaço/tempo criando uma segunda dimensão com novos acontecimentos que em nada afetariam a realidade anterior. Porém o autor resolveu unir as 2 e ao mesmo tempo nenhuma. Sim, meio difícil de entender... Zero muda seu passado, sendo assim ele virou um homem de negócios que até tinha uma máquina do tempo em um cofre. Porém se isso acontecesse e não se criasse uma nova ramificação (Tipo o Trunks) ele nunca teria voltado no tempo e seu passado nunca teria sido alterado. Outra coisa: O personagem bonzinho que aparece vestido de astronauta não existe realmente sendo um personagem criado quando 2 dimensões foram alteradas, o verdadeiro zero era totalmente paranóico e chato. E como o Wagner Moura retornava ao futuro? Máquina do tempo bumerangue? Pra piorar ele voltava com as suas memórias que já haviam sido transformadas em nada porque aquilo que no filme ele lembra nunca aconteceu. Como pode 2 zeros da mesma época co-existirem e pra onde foram os outros 2? Morreram? Porque ele era o que sobrevivia? Rapaz, o filme tem um paradoxo si... O de criar infinitos paradoxos, affe...
Gostei porém da solução: A Aline Moraes (Quem dá em pleno laboratório de física?) lembra que para acabar com os paradoxos tem que eliminar a raiz de probabilidade, isso foi um lance bacana. A @bezer_rinha também alertou que o fato dele ter sido uma boa pessoa no fim se deu por aquele esporro que ele deu em si mesmo nos momentos do desfecho ("...Você vai passar por um momento difícil, mas...") o que até é verdade mesmo, mas daí no fim eles criam um último paradoxo: O do tempo circular: Lembram daquele filme com o ex-superman Cristophes Reeves que ele volta no tempo e dá o colar para uma senhora que depois o presenteia com o mesmo colar e fica a dúvida daonde que surgiu o tal colar já que ele é uma anomalia temporal. Pois bem, a personagem da empresária vagaba é a mesma coisa. Ah, sem falar no celular que capta coisas atemporais...
Tem muito mais coisas, mas melhor deixar pra lá...
O filme O Homem do Futuro é bem legal, se você relevar essas coisas e mesmo se não vai gostar bastante. O autor e diretor exploram a sci-fi que não tem nenhum espaço no ecrã tupiniquim e se sai bem. Tem uma boa história com um belo pano de fundo e mostra que o amor não é afetado pela estranha e confusa malha do espaço. E isso vale o ingresso.
De boa talvez eu compre esse filme quando sair em dvd, muito bonito e divertido.
Ah, não reclame de eu reclamar do cinema nacional. Filme tupiniquim bom só quando são formulas prontas (tipo séries: Os Normais, Cilada) e as antigas e boas chanchadas. Vai dizer?
Toma Rumo Guri!!
Aguardem, as mudanças no blog estão quase chegando...
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