Muitas pessoas sonham com a publicação de um livro, porém é necessário pensar, e assim sendo decidir-se, se o que se quer é apenas o objetivo de transformar em papel as letras extraídas a força de sua cabeça ou se planeja-se uma carreira como escritor. Essa segunda opção é mais complicada e exige algumas estratégias além de um pouco de talento e muitíssima paciência e disciplina. Estava pensando em algumas dicas para quem gostaria de praticar essa transição e elaborei algumas dicas que tenho notado observando escritores que se frustraram e aqueles que atingiram seu objetivo. Vou ser superficial e separar por hora apenas 10 dicas divididas em o que é válido tentar e o que se deve largar de mão.
Maneiras certas para escrever uma boa história:
- Crie um enredo universal. Por mais que você tenha um nicho a quem queira atingir não é sábio restringir o gosto pela leitura apenas para os seus amigos de condominio. Se você escrever sobre um casal que se conhece desde pequeno baseado em conhecidos há de se criar um vínculo para as pessoas que irão ler seu texto, portanto não adianta focar que eles estudavam no seu colégio ou que gostavam de jogar botão com seu avô na garagem, é necessário tentar achar sentimentos e pensamentos que permeiam a humanidade há tempos imemoriais, como por exemplo, explicitar que a amizade bonita virou uma história de amor de tirar o folêgo mesmo ele sendo rejeitado por anos a fio até haver uma reviravolta quando ele segura-a firme e enquanto ela tenta escapar ele sela-a com um beijo. Leitores gostam disso, de reviravoltas, de rejeição e superação e de uma história de amor que vale a luta. Ainda alguns se indignarão por pensarem que ele aproveitou-se dela, mas críticas para onde a história se dirigiu é ótimo, diferente das apontadas para sua maneira de escrever.
- Crie tensão. Essa dica é velha, mas muita gente não gosta de usá-la ou ainda alguns acabam por não saber como fazê-la corretamente. Um livro onde todo mundo se desse bem não ia ter a menor graça, somos sádicos e queremos meter o mocinho em uma enrascada para depois torcer para que tudo se ajeite. O negócio é saber dosar esses "perigos" do dia a dia, guardando os melhores para o desfecho de cada parte essencial de seu livro.
- Pratique. Essa é mais velha que andar para frente. Pegue pelo menos 15 minutos para escrever todo dia e pelo menos leia um capítulo de ficção, por dia também. Ficção porque livro técnico não vai te ajudar em nada, acredite. Exercício completo esses dois anteriormente citados, treinando entradas e saídas de criatividade, digamos assim. Ah, o ideal mesmo é escrever e ler sempre que possível. As chances são maiores que esse um quarto de hora e vá, você passa mais tempo no Facebook. Tem que saber o que quer, certo?
- Crie personagens carismáticos. Treine isso, pratique fazendo esboços de poucas páginas e veja se eles são carismáticos e se você e quem for lê vai manifestar uma preocupação a respeito ou pelo um comentário jocoso: "Puxa, ela vai mesmo naquele lugar", "Ah, esse Serginho é cafajeste mesmo, hein".
- Arrume leitores de qualidade. Por mais que vovó Zucreide e a tia Zurma falem que você é jeitoso duvide sempre de parentes e amigos melosos. Peça ajuda de pessoas que não só não vão passar a mão na sua cabeça, mas ainda vão lhe apontar o que pode ser feito para melhorar.
Maneiras certas
erradas para escrever uma boa história:
- Abusar de palavras rebuscadas e difíceis não tá com nada. Isso já colou muito no passado, mas hoje em dia está em desuso, graças a Deus. O lance é caprichar na narrativa e na construção de personagens carismáticos.
- Agora vai uma opinião pessoal minha: Não abuse de diálogos. Por mais que não exista uma regra acaba caindo em uma sensação de livro vazio quando não existe uma camada de sutileza que é inserida com descrições de pensamentos ou de atos no espaço físico ou além.
- Não exagere demais na enrolação. Admiro demais Tolkien e Stephen King, mas não se pode negar que eles dão aquela enchida de linguiça para prolongar a leitura. Às vezes é bom, outras não. E se você não for genial como eles não tente ludibriar o leitor. Gostei muito do que li de Joe Hill por exatamente ele ir direto ao ponto em Estrada da Noite. Tirei o chapéu pra ele e sempre faço para quem me diverte sem firulas demais.
- Multiplas linhas de tramas. Tente focar em uma história, ou no máximo duas ou três. Às vezes temos tantas ideias e queremos realizar todas que simplesmente não terminamos nenhuma. Vá em frente, chapa.
- Não pense que quando o ponto final aparecer imperioso no final de todo aquele seu trabalho exaustivo que tudo está terminado. Revise uma vez lendo como professor Pasquale e após isso como se você estivesse no papel de se enterter. Para mim só dá certo essa parte depois de pelo menos um dia após a escrita. Tente isso.
Espero que essas dicas iniciais possam dar um bom tiro de meta para você começar a se achar nesse mato sem coelho. É importante salientar que dicas de escrita servem somente como apoio e jamais serão rígidas a ponto de alguém talentoso não poder tripudiar em cima. Eu mesmo quebro muitas delas, não dessas que eu apontei hoje porque elas são certeiras, mas é bom lembrar que escrever não é uma matéria das exatas, ao contrário, é uma arte que requer sensibilidade.
Comentários