Carrie, A Estranha (1976)



  
   Muito mais entusiasmada hoje do que nas outras edições dessa coluna, venho escrever sobre um clássico do terror, um dos filmes mais bem feitos, na minha concepção. O motivo de fugir do habitual por aqui? Os péssimos filmes que estreiam essa semana. Nem teria o que falar, mesmo se juntasse todos. Um pior do que o outro... mas voltando ao que dizia, vocês já devem ter notado qual o filme escolhido, não é mesmo? Então vamos às informações gerais, ou ficha técnica (aviso aos presentes: a seguir vem tudo que eu quiser falar sobre o filme, então se você ainda não viu e ficou interessado, fique atento pois o texto possui conteúdo revelador):

   Título Original: Carrie
   Direção: Brian de Palma
   Roteiro: Lawrence D. Cohen
   Elenco: Sissy Spacek, Piper Laurie, Amy Irving, William Katt, John Travolta, Nancy Allen
   Duração: 98 minutos
   Gênero: Terror/Suspense
   Lançamento: 1976
  

   Agora me diz  que a maioria já viu ou pelo menos ouviu falar dessa superprodução. Assisti primeiro àquela bagaça feita em 1999, como era pequena e me impressionava com pouca coisa gostei. Sou grande admiradora dos filmes de terror e suspense, e isso não é recente. Desde pequena demonstro interesse pelo gênero, e pesquisando sobre o filme em questão, descobri que este era uma espécie de continuação, para alguns um "remake" de um filme antigo baseado no livro de mesmo nome, escrito por ninguém menos do que o mestre Stephen King. Sem perder tempo, aluguei o livro na biblioteca municipal da minha cidade e passei momentos muito gostosos lendo sobre o sobrenatural, vingança e violência. Tempos mais tarde, tendo televisão por assinatura em casa, descobri que o filme original seria exibido. Não me decepcionei, tirei o chapéu para diretor, roteirista e atores. O filme ficou uma jóia do terror, tinha a alma de King. A atuação da Spacek não deixou a desejar em nenhum momento, vi realmente a Carrie nela.  


     
   Sem mais delongas, vamos ao filme: Nele conhecemos Carrie White, uma garota tímida e sem amigos. Por morar completamente isolada de todos, com sua mãe biruta, zureta e fanática religiosa, ela tem a fama de ser esquisita. Como só tem contato com o mundo exterior quando vai à escola, Carrie é constantemente achincalhada (qual é, naquela época não existia o termo bullying) pelos colegas. Durante um dos seus muitos momentos de humilhação, a garota descobre que pode fazer objetos se mexerem. Nada mais nada menos do que poderes telecinéticos (se ela tivesse procurado se informar sobre o assunto, teria chegado ao Professor Xavier e se aconselhado com a Jean Grey, nada da tragédia que viria a seguir teria acontecido. Porém, Stephen King provavelmente não daria esse desfecho à personagem principal, o que para alguns pode ter sido uma pena). Impressionada, a perturbada garota passa a testá-los.
   Sua vida vai seguindo com acontecimentos cada vez mais humilhantes por parte das colegas de escola, culminando na agressão de uma colega, Chris, pela professora de educação física e na sua proibição de ir ao baile da escola. Sue Snell, uma de suas colegas, penalizada por causa das brincadeiras horríveis contra Carrie, pede ao seu namorado que acompanhe a infeliz garota ao baile, com o intuito de ela ter uma noite inesquecível.  


     
   Dito e feito, a garota é até escolhida a Rainha do Baile (que atire a primeira pedra a guria que nunca sonhou com esse momento *-*)... o que ninguém contava é que havia uma terrível armação contra Carrie em curso. A maléfica Chris, seu namorado (vivido por John Travolta, segundo filme do cara e ninguém dava nada por ele. Foi estourar a boca do balão pouco tempo depois, em Os Embalos de Sábado À Noite) e a turminha de amigos estão preparando mais uma brincadeirinha: e assim, a então Rainha Carrie é lavada com sangue de porco, na frente de toda a escola, que ri e debocha sem dó da coitada:

    
   É aí que a coisa deslancha para o mal mesmo. Roída de ódio e revolta, a garota é tomada por tamanha onda de vingança que acaba usando seus poderes para matar todos os presentes, violentamente. E não pára por aí: cheia de raiva, sai à procura dos responsáveis por sua humilhação. Melhor momento do filme para mim, com certeza. Enfim, excelente atuação de todos, excelente produção. A adaptação do livro ficou de fato muito boa, coisa rara de acontecer, principalmente com o King (vide O Apanhador de Sonhos. Querem uma opinião, basta perguntarem ao dono do blog no qual escrevo neste momento). Dizem que vai sair um novo filme. Não será uma continuação, e sim uma “fiel adaptação ao livro”, como foi noticiado recentemente. Não sei não, hein... Para quem gosta de terror, vale muito a pena assistir ao filme e ler o livro. Recomendo os dois. ;)

Beijos da Bezerrinha

2 comentários

Jorge em 18 de janeiro de 2012 às 09:49

Excelente resenha, informativa e divertida. Parabéns um abraço.

Anônimo em 16 de fevereiro de 2012 às 03:32

legal isso de colocar um aviso sobre os spoilers muitos nao tem esse cuidado.