Coringa Máscara (Joker/Mask)
DC Comics e Dark House
Ano de publicação: 2000.
Para apreciar esse crossover é necessário que você leia essa edição despido de qualquer seriedade como o personagem vivido nas telonas pelo Jim Carrey poderia já demonstrar. Além do estilo caricato da narrativa você tem que estar pronto para ver um personagem que cria situações fora de uma realidade mesmo para as dos quadrinhos. Não que um homem vestido de morcega pulando pelos prédios seja aceitável.
Mas você sabendo fazer essa filtragem poderá apreciar essas 4 historietas como uma rápida leitura descontraída, mas que não adicionará nada em sua vida além de saciar a curiosidade de ver 2 personagens tão diferentes (e ao mesmo tempo tão parecidos) se encontrando em um mesmo mundo convergido em uma Gotham City cartunesca.
O Coringa todos conhecem com propriedade já que a cultura-pop já explorou bastante sua personagem seja em filmes (Tanto o do Burton quanto o do Nolan), desenhos animados e até mesmo aquele visto nos grandiosos jogos da série Arkham. Quadrinhos? Nem preciso falar. O Coringa é um dos poucos casos de vilões tão populares quanto o próprio herói. E olha que ele é inimigo do Batman.
O Máscara já é mais obscuro. Com toda certeza você vai dizer que viu o filme "The Mask" e que sabe tudo sobre o homem da máscara verde. Porém isso é só o começo. A entidade com poderes pan-dimensionais também teve suas origens nos quadrinhos e neles a história não é tão família brasileira quanto deixa transparecer no filme que conta com a presença da Cameron Diaz. Inclusive uma das grandes diferenças da versão em quadros da película é que Stanley Ipkis foi apenas um dos donos do artefato mágico. Sendo assim seria errado dizer que o bancário e o Máscara são as mesmas pessoas. Uma última curiosidade que talvez explique essa revista é que o Máscara foi inspirado no Coringa...
A trama do gibi que conta o encontro dos 2 palhaços de cidades distintas (Gotham e Edge) começa quando o Joker e sua parceira (a gostosa da Arlequina) resolvem cometer um crime em uma exposição onde a máscara de vodoo (no filme é dito ser de Loki, uma divindade nórdica) jazia inofensivamente. Snucky, um mero ajudante secundário do bandidão, acaba utilizando a máscara e trazendo para a história o palhaço de rosto verde.
Porém ao ver o poder que aquele simples rosto de madeira conferia ao portador Coringa vê a chance de aumentar seu poder (e insanidade) em proporções inimagináveis. Claro que como todo bom crossover outras figuras do universo dos personagens dão as caras e os maiores representantes desses são o próprio homem-morcego e o tenente Kellaway, mas também vemos Hera Venenosa, a força policial da cidade, etc.
Quadro pega-virjão =Pp |
O início desse encontro nos quadrinhos é fraco e na primeira parte (toda a "saga" é dividida em quatro etapas) dá vontade de se desistir. Porém levando em consideração o que eu falei (leitura superficial e na esportiva, haha) você saberá tirar bom proveito das próximas três edições. Batman leva uma surra do Joker/Mask e fica fora do ar até praticamente a última edição. Portanto se você é um fã do morcego talvez ache um empecílho a mais para apontar críticas a obra. Porém na medida que a trama caminha (por mais que realmente não fosse necessário 4 partes e a presença da Hera só seja legal pelo corpo bem desenhado - ainda que no estilo cartoon - ou seja, enrolado pra caramba) você fica curioso para saber qual será o final do embate. A máscara é um ítem que por mais poderes dê para seu utilizador também torna a pessoa vulnerável a insanidade. Porém como vocês sabem o palhaço de Gotham não tem um pingo de sanidade...
Coringa você é louco mesmo. Explodir essas três tchuchucas... |
Pra mim a parte bem bolada do roteiro foi saber dar risada de si própria e colocar elementos da própria cultura-pop que vão além do universo dos dois mundos, como por exemplo, a sátira de "Quem quer ser um milionário" (Show do Milhão" como é conhecido por aqui) e do Super-Homem e Batman do Futuro. Essa parte é bem engraçada e já faz valer essa bizarra leitura.
Coringa do Futuro, kkkkkkkkk. Que merda, mas eu ri. =Pp |
No final claro que (não vou dar spoilers) as coisas tem que se resolver para que cada elemento retorne para seu universo. Gostei de ver que o tenente Kellaway que no desenho e no filme é um idiota completo nos quadrinhos é um cara taciturno e bem estratégico, tanto que até recebe um baita elogio do morcegão o que não é pouca merda. Ainda tem a última página que a menos que você seja um leitor antigo dos gibis do The Mask trará uma situação que explodirá sua cabeça. Inclusive é bom dizer que apesar dos traços infantis e do argumento non-sense a história apresenta uma boa carga de violência e até certo humor-negro como piadas com surdos e cegos.
Como sou contra spoilers ao invés do desfecho coloco essa surra do bumbum da Selina. Hmmmmm... |
Então é isso, espero que vocês tenham gostado e espero que possa estar trazendo muitos estilos de quadrinhos diferentes para ver se desperto em você a fome pelos quadrinhos. Sério, existem tantos estilos e histórias que é impossível não se apegar. Tantos defendem os livros, mas creio que não exista essa conexão sem um intermediário. Pelo menos para mim não.
Cuecões e paródias você vê aos montes por aqui. |
Ah, quero ver se leio o encontro do Máscara com o Lobo. Se com o Coringa já foi insano, faça uma ideia do quanto vai ser pior...
Toma Rumo Guri!!
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